Irish Angel - Capítulo três

Quando o sol se puser, levantaremos nossos copos cantando "Um brinde para nunca crescermos" / Avril Lavigne- Here's to never growing up
"Combinado?"
Você P.O.V's

         Talvez essa era a hora que eu acreditasse em anjo, talvez seja agora que eu tenha a respostas das minhas perguntas, quem sabe um anjo não é aquele de asas, com roupas de sedas e uma coroa brilhante, mas sim seja o ser humano que sobrou pra ajudar a humanidade, talvez seja aqueles homens e mulheres que ainda estão juntos ajudando a todos, que ainda lutam contra um mundo melhor, talvez esses sejam os anjos que protegem a gente, talvez sejam eles os anjos. Raros e extintos, mas ainda há esperança não é mesmo?!
[…]
         Rosário me encarava com seu sorriso amarelo estampado em seu rosto, e eu apenas pensava no que ela acabará de dizer, repeti milhares de vezes na minha cabeça “você é um anjo que apareceu na minha vida” Não que esteja confuso mas que talvez me desse as repostas, talvez ela fosse as respostas pros meus problemas, já que ela nesse momento é o meu ponto seguro.

Eu: Preciso ir. -sorri gentilmente- Mais uma vez, muito obrigado pelo conselho, venho hoje a noite para nós rezarmos o terço de novo, pode ser?
Rosário: Sim, meu neto só vem amanhã! -ela sorriu-
Eu: Não gosto de deixar a senhora sozinha. -ela fez uma careta-
Rosário: Você precisa me deixar sozinha, eu tenho necessidades. -gargalhei e ela piscou pra mim- Afinal meu vizinho é solteiro. -gargalhei alto, caminhando até a porta-
Eu: Você não presta. -disse enquanto saía, olhei pro vaso de flor e tremi- Nossa. -disse alto e ela olhou pro mesmo lugar que eu.-
Rosário: Eu não gostava daquela flor mesmo. -ela se referia a que eu tinha derrubado no chão e que agora estava morta por causa do gelo- Ela era estranha, só cuidava dela porque seria injusto não cuidar dela do mesmo jeito que as outras. -concordei descendo as escadas de gelo com cuidado- Vai com Deus querida. -ela disse fechando a porta, nem deu tempo para eu responder-

         Enfiei as mãos no bolso da minha blusa e comecei a andar prestando atenção apenas no gelo que estava em tudo que é lugar, havia virado a pista e eu estava prestando atenção porque vai que eu piso em falso e é um buraco e eu fico atolada, a essa hora não vai ter ninguém pra me tirar daqui e com certeza eu morreria de frio. Ri sozinha enquanto atravessava a rua, eu estava quieta e quando atravessei a rua que escutei uma derrapada no gelo e ergui minha cabeça na direção de onde vinha o som e uma caminhonete chocou contra mim me fazendo cair no chão, senti uma forte dor na cabeça quando cai no chão, me sentei e passei a mão brevemente sobre a testa.

Eu: Era só o que me faltava. -resmunguei ao sentir minha mão ficar úmida de sangue-
-Ai droga, me desculpa. -ouvi um homem dizer isso em inglês, levantei meu rosto pare te olhar e ele era loiro, seus olhos eram azuis mas estavam ficando escuro por conta do desespero, eu que havia me machucado e ele que estava fazendo drama- Você está bem? Não claro que ela não está bem Niall, ela está sangrando... pela cabeça. -ele mesmo se respondia me fazendo rir-
Eu: Ok! -chamei sua atenção- Eu estou bem.

         Tentei me levantar mas acabei tropeçando nos meus pés quase caindo de novo mas o garoto me segurou.

-Acho melhor te levar em um hospital.
Eu: NÃO! -gritei- Eu estou bem, não suporto hospitais.
-Tá, então pelo menos entra no meu carro, a minha casa não é longe daqui eu consigo te fazer um curativo.
Eu: Não precisa. -parei na frente do garoto que ainda segurava meus braços e os seus olhos estavam arregalados-
-Você tá louca? Tá frio, tá congelando e sua testa tá sangrando muito, você quer o que? Morrer de hemorragia? Quer? -ele disse me colocando medo- Agora vem! -ele colocou sua mão na minha cintura como se eu não pudesse andar, esse garoto é louco.
Eu: Minha mãe, me disse pra não falar com estranhos.
-Tá, entra no carro que você me conhecerá.

         Ele me pegou no colo e me colocou dentro de sua caminhonete, balancei a cabeça e olhei minha mão, ela estava cheia de sangue, arregalei meus olhos e passei minha mão no machucado, saia mais sangue, isso me dava medo.
         O garoto loiro entrou no carro e me encarou, se esquivou até o banco de trás e me deu uma camiseta azul.

-Coloca isso ai na sua testa pra estancar o sangue.
Eu: Como se fosse resolver. -reclamei em português e ele me encarou confuso- Obrigado.

Sarcasmo.

         Sim eu adorava ser sarcástica com as pessoas, eu adorava ver como elas ficavam irritadas, ou sem palavras quando eu era sarcástica e esse garoto era engraçado ver o olhar que ele me deu assim que eu disse obrigado, ele ficou sem palavras e notou que eu tinha sido sarcástica, só não comentou nada por ser ele o culpado de eu estar machucada.
[…]
         Paramos em frente uma casa bem bonita, ele desceu do carro dando a volta no mesmo e abrindo a porta pra mim, tirei a camiseta da minha testa e de azul ela se tornou verde, por conta da quantidade de vermelho que já tinha se espalhado. O garoto olhou pra mim e me puxou com urgência pra dentro da sua casa, mas eu parei na porta. Ah qual é, eu nem conheço ele e já vou entrar na casa dele. Tá eu sei que estou sangrando, não estou sentindo a minha cabeça doer por conta de eu sentir o meu corpo congelar, encarei os olhos azuis do garoto enquanto ele parecia se perguntar porque eu parei de andar.

Eu: Não posso entrar na sua casa, eu não te conheço... sei lá, vai que você é filho de um estuprador.
-Não vou deixar que nada de mal aconteça com você, eu sou do bem. -ele disse confiante- Vamos? -ele voltou a andar-
Eu: Tudo bem! -concordei e fui andando do lado dela enquanto ele prendia suas mãos na minha cintura-

         Entramos em sua casa... e que casa! Fiquei deslumbrada ao entrar em sua casa grande, iluminada e bem decorada, encarei o garoto e ele me sentou no sofá e tirou seu tênis deixando aparecer suas meias brancas e vermelhas com listras ele correu para algum cômodo que eu não sabia qual era.

Só que me faltava, ser atropelada por um mauricinho, pelo menos ele é gentil. -pensei-

         Rápido ele voltou com uma caixinha branca na mão, ele se sentou do meu lado e me puxou para mais perto dele, fechei meus olhos enquanto ele mexia no machucado, mas que droga de carro faz um machucado que doí tanto assim? Agora que meu sangue estava frio eu estava sentindo a dor, segurava as lágrimas porque ardia e doía ao mesmo tempo. Vi o garoto passar alguma coisa branca e pressionei meus olhos com força ao sentir aquilo tocar a minha pele, apertei a minha blusa de frio e mordi os lábios e escutei um pequeno riso, abri os olhos e o menino terminou de mexer na minha ferida e sorriu pra mim, um sorriso, claro e largo.

-Me desculpa por te atropelar, eu estava falando com um amigo meu pelo telefone e não vi você, e por conta do gelo você não ouviu o barulho do meu carro. -sorri sem mostrar os dentes- Mas eu te aconselho a olhar pros lados quando atravessar a rua.
Eu: Eu também aconselho você a não falar no telefone enquanto dirige. -ele riu e olhou pra baixo- Bom, eu preciso ir, minha mãe deve estar precisando de mim.
-Eu posso te levar.

         Claro, até porque eu moro numa mansão que nem a sua. -pensei olhando pros seus lábios-

Eu: Não precisa, minha casa não é longe daqui. -menti-
-Mas eu quero te levar, eu te atropelei.
Eu: Que isso, não precisa, eu errei por não ter olhado pros lados, nem tudo é culpa de quem dirige.
-Tem certeza? -ele perguntou assim que eu levantei e estava meio tonta- Eu acho que não. -ele disse se levantando e ficando na minha frente, suas mãos foram novamente em minha cintura, se ele soubesse como isso me deixa louca, não faria-
Eu: Tenho, eu consigo ir pra casa.
-Você acaba de bater a cabeça na frente do meu carro, você bateu a cabeça, você tem certeza que consegue ir pra casa? Vamos eu te levo.
Eu: NÃO. -gritei e ele me encarou surpreso- Por favor, não! Deixa eu, eu vou sozinha, só me diz que horas são. -ele deu a volta na sala-
-Onze e vinte.
Eu: Ok, obrigado por não ser que nem aqueles caras que atropelam as pessoas e vão embora como se elas fossem animais.
-Jamais eu deixaria uma pessoa sangrando no meio da rua, não importa o que ela seja, ou o que ela tem feito, ela é humana que nem todo mundo, eu erro que nem ela. -nem em sonho- então porque tenho que ser diferente dela, porque tenho que deixá-la lá? Eu não conseguiria deitar minha cabeça no travesseiro sabendo que deixei uma pessoa sofrendo na rua. -ele realmente tinha me comovido- Esse mundo as pessoas não se importam com as outras, elas só conseguem pensar nelas mesmo e isso está cada vez maior, e cada vez mais as pessoas ficam mais insegura do futuro em que as espera. -ele pensava exatamente como eu-
Eu: CARACA. -falei em português- Você existe. -eu o toquei- Meu Deus, sua mãe deve ter muito orgulho de você, você é raro sabia? Hoje em dia as pessoas não pensam como você, elas não se importam nem com elas mesmo, e sim com dinheiro, fama, riqueza, sucesso, poder. -ele concordou com a cabeça- E isso está cada vez mais ridículo, as pessoas deveriam entender que quando elas morrerem elas não vão levar esse dinheiro que elas brigam tanto pra ter, que quando elas morrerem vão levar o desgosto e o nojo que sobrará daquilo que fez a vida inteira. -o garoto olhava em meus olhos, ele prestava muita atenção, e eu adorava quando as pessoas prestavam atenção no que eu falo-
-Exatamente como eu penso, as pessoas em geral, estão sujas, estão sem amor-próprio. Isso é ridículo, obrigado por ser uma das pessoas que não pensam em hipocrisia como metade da população.
Eu: Agradeça por existir pessoas como nós ainda. -ele riu- Bom, preciso ir, a minha mãe precisa de mim.
-Eu posso te levar. -de novo com esse assunto-
Eu: Não precisa. -caminhei até a porta e alguém abriu quase acertando em mim- Droga, acho que tão querendo que eu morra. -o garoto loiro riu-

         Me afastei então a pessoa que quase bateu a porta em mim entrou, e eu achei que era a namorada desse cara, até porque um homem bonito desses com certeza deve ter namorada, mas só se ele for gay porque quem entrou foi um menino de capuz e eu conhecia aquele moleque. Ele cumprimentou o loiro e se virou tirando o capuz.

Eu: Você me persegue não é possível. -eu disse rindo enquanto o neto da Rosa me encarava fazendo uma expressão de “O que ela tá fazendo aqui?”
-O que você tá fazendo aqui? -perguntou o gatinho da testa grande- O que ela faz aqui? Você conhece ela? -ele disse olhando pro loirinho-
-Eu atropelei ela quase agora, quando eu fui te buscar e você não estava lá. -disse o loiro ficando na minha frente-
-Você atropelou ela? Ou ela se jogou na frente do carro, essa garota é louca. -revirei os olhos enquanto o testa grande falava-
Eu: Af, vou embora.

         Enfiei minhas mãos no bolso e comecei a andar pra fora da casa do menino, parei na calçada e fiquei olhando pros lados não sabia aonde estava e nem para onde eu iria, senti alguém me puxar e eu me virei o menino das bochechas vermelhas e o olhos da cor do céu me encarava sorrindo.

-Me desculpa pelo Liam, ele nunca é ignorante assim, você despertou alguma coisa nele que o fez ficar assim. -ele riu-
Eu: Tudo bem, eu já tô acostumada em ver as pessoas não gostando de mim. -encarei ele- Agora me solta preciso ir.
-Meu nome é Niall. -ele concluiu assim que me soltou-

         Voltei a andar, a minha cabeça apenas latejava, antes de virar a rua eu olhei para atrás e o menino me olhava, foi que eu notei que ele ainda estava de meias no … gelo, sorri espontaneamente e continuei andando até ver uma loja que eu reconhecia.

Eu: Meu Deus, to muito longe de casa. -enfiei as mãos no bolso e lembrei que tinha doze dólares-

         Corri até um ponto de ônibus e me espreguicei, as pessoas olhavam pra mim, notei que estava com o joelho da minha calça molhada, ai que caiu a ficha porque eu estava quase tremendo de frio, tinha algumas pessoas no ponto que ficaram me olhando. Qual é nunca viu? Mas que raiva.
[…]
         Meu ônibus não passava, estava me chateando, mas que coisa!
         Um carro preto parou na frente do ponto e eu virei meus olhos, olhando lá pra frente, já deveria ser uma hora da tarde e eu aqui, quero ver a minha mãe, quero falar com ela, quero dizer o que disse pra Rosário, quero me desculpar pelo que fiz.
         As pessoas estavam entrando nos outros ônibus que chegava e aquilo estava ficando vazio, o carro continuava ali, eu evitava olhar, aquilo foi ficando vazio, a rua vazia, fria e o carro parado, me dava um certo medo.

-Hey, garota. -será que estava me chamando? Não olhei- Hey garota. -bateram na porta do carro e eu olhei-
Eu: Que droga, o que você quer? -era o neto da Rosa e no banco do motorista estava o loirinho, ou melhor Niall!-

Niall.

         Nome bonito, aliás ele é bem bonito. Nunca gostei de meninos loiros, com olhos loiros, alto, o meu tipo é aqueles mais tradicionais, morenos com cabelos pretos, até porque meninos loiros são mais desejado pelas meninas e faz o estilo boneco KEN e só namora menina barbie. Mas esse Niall, ele não conversa como meninos mauricinhos, ricos e que estão a procura de uma namorada rica, e sim ele não liga pra quem fala com ele, ele é um exemplo de pessoas que faltam no mundo. Ajuda quem não conhece, encara a realidade e a aceita como é. Esse tipo de garoto que não se importa só em sexo... sexo, sexo e sexo, é aquele tipo de menino que eu rotulo: PERFEITO.

Niall: Entra aqui, tá ficando frio, já tá nevando... por favor entra eu vou te levar na sua casa.
Eu: Não preci...
Niall: Se você falar não precisa de novo eu vou descer do carro, colocar você no meu ombro e te levar pra força pra casa, de qualquer jeito eu vou te levar em casa. -eu sorri e ele continuou sério-
Eu: Tá bom! -sorri e fui até o carro em que o menino da testa grande abriu a porta de trás e eu entre e a fechei-
Niall: Muito obrigado, e a partir de agora nunca mais fale não precisa pra mim. Combinado? -fiquei em silêncio- Combinado?
Eu: Sim Niall. -ele sorriu e suas bochechas coraram-
Niall: Vamos escutar uma música Liam?

         Liam? Liam? Era o nome do menino da testa grande? Bom, meu nome não era Liam, e não tem mais ninguém além de mim e do testão ai, então... o nome dele era Liam, quem diria um nome tão bonito pra uma pessoa tão arrogante.
[…]
         Fiquei em silêncio enquanto tocava umas músicas antigas na rádio, típico aquelas que a Camila, a Aline e o Justin gostam, Michael Jackson, Beatles, Queen. Eu não curto música, bem... não mais!

-É ali -apontei- ALI NIALL, ALI. -gritei com ele, que parecia idiota e em vez de parar, ele ficava perguntando “Aonde é? Aonde? Aonde?” Como se eu estivesse falando alguma coisa errada-
Niall: Aonde?
Eu: ALI IDIOTA, ALI. -ele parou o carro e eu tentei abrir a porta mas estava trancada- Niall, por favor! -ele ria e eu me segurava pra não rir-
Liam: Meu Deus, vocês dois parecem crianças.
Niall: Liam, por Deus. -ele disse entre as risadas-
Liam: Tchau menina, pode ir. -ele disse destravando as portas e eu saí-
Eu: Obrigado. -disse rindo-
Niall: E o machucado? Ainda dói?
Eu: Um pouco, mas estava doendo enquanto eu estava dentro do seu carro, acho que agora fora dele, vendo a minha casa ele começou a parar de doer, incrível não? -Niall gargalhou-
Niall: Nossa que incrível como só dói quando tá perto de mim.
Eu: Tá vendo já é mais um motivo pra você ficar longe de mim. -ele fez uma expressão confusa-
Niall: Mais um motivo? Como assim MAIS UM? -ele gritou e eu gargalhei-
Eu: O outro motivo é que seu amigo tem ciúmes de todas as pessoas que ele conhece e fala comigo, ele tá nervosinho comigo porque a avó dele gosta muito de mim, sabe ciúmes de menina apaixonada. -Niall riu e olhou pro Liam que se esquivou apoiando o corpo no colo do Niall-
Liam: Olha aqui garota, não é nada disso, já disse que não tô de bom humor hoje.
Eu: Tá bom vou fingir que acredito. -ri debochada- deixa eu ir pra minha casa. Obrigado Niall!  -sorri pra eles e passei na frente do carro indo em direção a minha casa, um sorriso estava estendido no meu rosto, fazia tempo que eu não ria assim, e tudo por causa de dois meninos que eu mau conheço. Como as pessoas que não conhecemos podem fazer tão bem a gente não?

         Olhei para atrás e o carro ainda estava lá, me virei e vi a porta da minha casa abrindo eu tremi dos pés a cabeça, mas aliviei quando vi a Jasmine vindo correndo na minha direção me abraçando, eu sorri e ela me apertou com força.

Eu: Não foi pra escola hoje?
Jasmine: Não, a mamãe pediu para ficarmos em casa.
Eu: E o seu pai?
Jasmine: Saiu já SeuNome. -ela me soltou- E aquele carro parado ali. -olhei-
Eu: Meu Deus, eles não vão embora?
Jasmine: Eles? Eles quem?
Eu: Nada, vamos. -dei a última olhada pro carro e entrei dentro de casa-

         Minha mãe estava sentada no sofá e Justin deitado a cabeça em suas pernas, a televisão estava ligada e ambos estavam com um breve sorriso no rosto, até parecia uma cena de filma aonde a família esbanja felicidade. Ao pisar na madeira do chão da sala, minha mãe olhou para atrás e abriu um sorriso maroto, eu encarei o chão e puxei a Jasmine pelas mãos e fomos andando até o sofá, me sentei no braço do sofá e abaixei a cabeça pra minha mãe dar um beijo, mas ao invés do beijo ela me olhou preocupada, e eu a encarei.

Mãe: O que foi isso na sua cabeça? Como foi isso?
Eu: Não foi nada. -Justin se sentou-
Mãe: Como não foi nada SeuNome, isso tá machucado.
Eu: Tá mãe, um garoto me atropelou, mas ele já cuidou do ferimento. -eu disse enquanto ela ainda falava-
Mãe: Minha nossa senhora, como ele te atropelou?
Eu: Com o carro? -falei sarcástica e ela me encarou séria- Ele tava falando no telefone e eu atravessando a rua destraida, tá bom pra você? -levantei do sofá e fui até a cozinha comer alguma coisa- Alguém viu meu celular?
Mãe: SeuNome, você tem que tomar cuidado, não é assim que as coisas acontecem, um curativo e já está tudo bem, deixa eu dar uma olhada. -ela veio atrás de mim, assim como Jasmine-
Eu: Mãe, não foi nada, nem bateu muito forte, ele estava devagar, só deu um impacto, porque era uma caminhonete e eu cai de joelho e bati a cabeça no capô, só isso.
Mãe: Só isso? Você fala como se isso acontecesse todos os dias.
Eu: Ah mãe, eu tô acostumada a me machucar, isso não tem nem comparação as coisas que já me aconteceu.
Mãe: SeuNome -ela sussurrou- Cadê aquela menina que ficava todo final de semana dentro de casa? Aquela menina que usava vestidos coloridos, que cuidava do cabelo, da pele, que usava sapatilha e pintava as unhas quase todos os dias, cadê ela?
Eu: Tá aqui mãe, só que eu cansei de ser ela, cansei de ser algo que as pessoas rotulam como “Filhinha de papai” eu quero ser eu mesma, quero ser única, quero ser independente, quero ser apenas eu. Fim!
Mãe: Tá bom SeuNome, só quero que saiba que ela sempre será você, que nada que você faça, você sempre será uma menina que usa vestidos e pinta as unhas. -revirei os olhos-
Eu: Vou dormir no seu quarto tá Jasmine?
Jasmine: Por quê?
Eu: Porque eu quero.

         Dei língua e subi para o quarto dela, as madeiras das escadas rangiam até depois de ter subido todos os degraus, cheguei no corredor e tirei meu tênis ficando de meia, tirei minha touca e a minha luva, entrei no quarto da Jasmine jogando tudo no chão, tranquei a porta, fui até a janela, olhei lá pra fora e a rua estava vazia, me deitei na cama me cobri com os milhares de cobertas da Jasmine. Fechei meus olhos e é nesse momento que eu começo a fazer do meu futuro uma ilusão, como se tudo na vida desse certo, como se eu conseguisse fazer com que todos os meus problemas acabasse, infelizmente é só um sonho e não uma realidade.

<<< Capítulo Anterior                                                         Próximo Capítulo>>>

Desculpa pela demora!



17

17 comentários:

  1. Perfeito Ca, posta mais! <3 . Só uma pergunta: além de Directioner você é Ritabot? Responde por favor, se você for eu vou ficar muito feliz porque eu também sou fã dos dois! Beijinho :*

    ResponderExcluir
  2. CONTINUA CAMS DO CÉU QUE PERFEITOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
    xxLuh

    ResponderExcluir
  3. Continua Perfeito *--*
    http://umpedacodoceudacelly.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  4. Awwwn Continuua Caaah , ^^ amo suas fic's ^^
    Fã número 1 uashusah >< '

    ResponderExcluir
  5. Continua está simplesmente maraviliamdo
    Kissus

    ResponderExcluir
  6. Adoreiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Ansiosa p/ o próximo
    Annah C.

    ResponderExcluir
  7. Ca eu so no intendi e "triangulo amoroso " ouve so o niall ou e o Liam ? mais nao era. o Harry ?

    ResponderExcluir
  8. Pelo.amor.de.deus continua

    ResponderExcluir
  9. Continua Homs! sz

    ResponderExcluir
  10. Ameii continua Liam testa grande?? Kkkkk

    ResponderExcluir
  11. Cami se é que posso te chamar assim, como se posta imagines em um blog?

    ResponderExcluir
  12. Helena? Como assim Helena não era Jasmine.. Acho que ainda e resto das lembranças da outra fic ne

    ResponderExcluir
  13. Perfeito amore....amei muito tudo!
    Bom, beijos e até!!

    Ps: Continua, hein? xXx

    ResponderExcluir
  14. Camila vc que postou o capitulo de stole my heart no blog da Bianca né? Bem,conversa com ela e posta mais capítulos pq eu To muito curiosa!! E faz a sexta feira chegar rápido ashuashuashu

    ResponderExcluir
  15. Continua Cams!
    E pois é, tem Helena, saudades de Only You...
    Mas essa também é ótima!

    ResponderExcluir