Irish Angel - Capítulo quarenta.

"Eu só quero a liberdade"

SeuNome P.O.V's

        Acordei com a batida forte da porta, olhei em volta e Carter estava entrado, meus olhos estavam molhados mas eu não estava chorando, me sentei na cama e puxei o vestido para baixo já que o mesmo mostrava a minha calcinha, Carter me encarava sério e o mesmo tirou a roupa ficando apenas de calça jeans, ele veio na minha direção e eu levantei indo na direção dele e com toda a força que me restava eu comecei a socar o seu peito com força, dei vários socos e ele apenas me olhava sorrindo fraco.

Eu: O que você fez com ele? HEIN? O QUE VOCÊ FEZ COM O NIALL. -gritei desesperada-

Carter: Não precisa se preocupar ele está bem.

Eu: Eu preciso ir vê-lo. CARTER. -gritei e o mesmo segurou nos meus braços e me jogou na cama-

Carter: Não agora, só depois que você abrir as pernas pra mim. -o encarei-

Eu: NUNCA, NUNCA... VOCÊ É MUITO NOJENTO.

Carter: VOCÊ PROMETEU SUA VADIA. VOCÊ SABE MUITO BEM QUE SE NÃO FAZER ISSO EU POSSO MATAR O SEU AMORZINHO. -ele gritou e eu me assustei me calando- Vai fazer tudinho que eu quero hoje a noite, começando por levantar e tirar seu vestidinho devagar. VAMOS. -ele me puxou e eu fiquei de pé, ele se arrumou na cama e ligou o som colocando uma música agitada, o encarei parada perto da cama- Vamos lá SeuNome, eu não tenho a noite inteira, eu sei que você é bem sensual, e sabe agradar um homem. Vamos. VAI LOGO. -estremeci e então comecei a puxar meu vestido pra baixo, só que estava olhando pra baixo- OLHA PRA MIM. OLHA NOS MEUS OLHOS. -ele gritou, e eu levantei minha cabeça e comecei a encará-lo enquanto tirava o meu vestido, terminei e fiquei olhando pra ele- Vem cá.

        Ele me chamou com o dedo e eu fui andando devagar até, ele me sentia suja, nojenta, e obrigada a fazer algo que nunca, nunca em toda a minha vida eu faria. Me sentei na cama e Carter me deitou de vagar, ele colocou sua mão na minha perna e apertou, senti uma longa vontade de vomitar, e então ele se aproximou mais de mim ficando por cima, meu estômago revirou e poderia acreditar que vomitaria ali, em cima dele. Não sabia o que fazer, mas tinha que fazer, ele me empurrou mais para cima da cama e tentou me dar um beijo, mas eu virei o rosto e ele então mordeu minha bochecha de leve, olhei pro lado e o rádio ainda tocava, mas agora era um pouco baixo, a mão do Carter foi subindo na minha coxa, pensei o que Ally, ou Camila fariam se estivessem no meu lugar, então rapidamente puxei o rádio pela alça e acertei na cabeça do Carter que tombou por lado, senti meu corpo esquentar, e parecia ter me dominado pela raiva, me sentia superior, e pouco me importava com o que ia acontecer, literalmente me levantei puxando com mais força o rádio quadrado que por um curto circuito por ter o puxado com força fez a casa ter um apagão que voltaria mais ou menos em cinco minutos. Carter tentou levantar e então eu bati mais uma vez com o rádio, com agressividade. Era como se não estivesse em mim, sei que era errado, mas tinha algo que me dizia que se eu não fizesse poderia viver ali pra sempre. E droga, eu só tenho 16 anos.

Eu: Presta. Atenção. Eu. Não. Sou. Uma. Vadia. -bati mais uma vez o rádio na cabeça dele e ele caiu no chão colocando a mão na cabeça, estava ficando de noite, mas a luz do poste lá fora iluminava lá dentro perfeitamente- Eu amo o Niall, e não você... NUNCA MAIS MEXA COM A MINHA FAMILIA. -gritei bem alto enquanto batia mais uma vez, e mais uma vez, e mais uma vez, e mais uma vez, e mais uma vez, até meus braços cansarem, respirei fundo e passei as costas da mão no meu rosto enquanto olhava para o Carter, até me sentia uma daquelas assassinas de filme. Comecei a chorar espontaneamente, tremia muito e não sabia o que fazer, soltei o rádio no chão e peguei o vestido e tirei o sapato de salto, abri a porta com a chave que estava na mesma e andei no corredor vazio na direção do quartinho, eu ainda tremia, e estava com muito frio, abri a porta do quartinho e entrei lá dentro- Niall. -sussurrei e ouvi alguém se mexer- Vem Niall. Vem! -e então vi a silhueta dele e os passos e logo um abraço- Vamos Niall, vamos, embora daqui. -ele não disse nada, sai do quarto puxando a mão dele e quando estávamos com um pouco de claridade ele me olhou e me parou-

Niall: O que você fez? Está suja de sangue.

Eu: Eu não sei. -olhei para a o lado e tinha um enorme quadro com tacos de golf. E peguei um entregando na mão do Niall- Só sei que temos que sair daqui, porque não quero viver esse pesadelo.

        Ele assentiu e nós fomos andando, parei na frente do quarto aonde Carter estava e ele permanecia no chão, caído como se estivesse morto, eu não teria o matado, não bati com o rádio tantas vezes assim, segurei na mão do Niall e nós descemos as escadas devagar. Olhei em volta e não tinha ninguém, ninguém que eu pudesse ver já que estava tudo escuro, respirei fundo e caminhamos até a porta, coloquei a mão na maçaneta mas estava fechada, suspirei irritada e então Niall me puxou e tentou dar um chute na porta mas parecia ter machucado seu pé, e então ele fez mais uma vez, e mais uma vez, até escutarmos o grito de alguém, era o de Rachel, e então Niall olhou em volta, pegou um troféu e bateu na porta o quebrando, ele chutou os cacos que faltavam e passou e logo depois foi a minha vez, Niall estava mancando e mal conseguia andar, eu estava descalça e fui obrigada a parar para tirar alguns cacos que tinham entrado no meu e me machucado, eu não estava nem ai pra dor, eu queria ir embora dali. Niall me olhou com pena e segurou na minha mão enquanto andava para a rua, passamos pelo portão correndo e o Niall segurava na minha mão com força enquanto eu sentia o meu pé queimar. Começamos a correr que nem duas crianças idiotas, continuamos a correr, e só paramos quando eu reclamei que meus pés doíam, estávamos em frente um restaurante, Niall me ajudou a colocar o vestido e me pegou no colo, e foi andando devagar.

Niall: Acho que ganhamos.

Eu: Eu me sinto louca.

Niall: Você não está. -eu abracei o pescoço dele e comecei a chorar- É uma história que com certeza vou contar aos nossos filhos, que o amor nós fez vencer.

Eu: Eu não acredito que isso é real.

Niall: Nós somos reais.

Eu: Poque só acontece comigo?

Niall: Porque talvez fosse pra acontecer.

Eu: Niall. -eu o olhei- Acho que não deveria viver, eu sofro tanto.

Niall: Isso vai melhorar meu amor, é só um teste de sobrevivência e nós estamos vencendo.

Eu: Não consigo entender o sentido da vida, será que é realmente isso que eu tenha que fazer? Sofrer tanto?

Niall: Você vai ver SeuNome... tudo vai melhorar. -eu fiquei em silêncio e tentei descer de seu colo mas ele não deixou, pegamos um táxi e então fomos pra casa, deitei minha cabeça no colo dele enquanto tentava dormir, e foi sucedido-

        Acordei com Niall me balançando falando que já tinha chegado em casa. Sorri fraco e desci do carro ele pagou a conta e nós fomos andando até a minha casa, meu pé ardia muito mal conseguia andar e Niall ainda mancava um pouco, eu empurrei o portão e o Niall me ajudou, caminhamos até a porta e o Niall empurrou a porta e entramos, estava tudo muito silêncioso, não se ouvia o choro e nem a conversa de ninguém, olhei pro Niall enquanto ele fechava a porta, respirei fundo e caminhei até o sofá me jogando lá enquanto sentia o meu corpo por inteiro doer e arder.

Niall: Vou ver se eles estão lá em cima... Fica aqui. -assenti e fechei meus olhos me sentindo cansada, Niall sumiu e tudo ficou em silêncio nem escutava mais seus passos, permaneci com os olhos fechados até sentir uma fome enorme, levantei com dificuldade do sofá e entrei no banheiro e lavei meu rosto enquanto pensava em tudo que tinha feito, e tudo que vinha a minha mente era a imagem do Carter todo ensaguentado enquanto eu batia o rádio em sua cabeça várias e várias vezes, eu havia o matado.-

        Voltei pra cozinha e comecei a sentir tudo em minha volta girar e a minha cabeça latejar, só faltava essa. Continuei mexendo nas coisas, e encontrei um pacote de bolacha, sei que não era pra comer isso, mas eu tinha que comer, escutei passos apressados e me virei encontrando com os olhos de mel do Justin e o mesmo veio na minha direção me abraçando, ele estava chorando, chorando muito e o que eu não pude conter, foi o meu choro. Ele me apertava muito, mas eu não queria reclamar, ele só tinha sentido minha falta.

Justin: Desculpa SeuNome, eu não deveria ter saído de lá e ter deixado você.

Eu: Não, você sabe que se ficasse... -ele me interrompeu-

Justin: Eu e Zayn estávamos desesperados pensando em alguma coisa pra buscar vocês. Desculpa.

Eu: Tudo bem, já passou! -sussurrei bem pertinho do seu ouvido e ele me soltou-

Justin: Vem, acho que você precisa descansar. -eu assenti e ele pegou na minha mão, subi as escadas e encontrei com Zayn que me deu um enorme abraço enquanto fungava no meu pescoço, Jasmine e o Niall não estavam ali, minha tia me deu um abraço enquanto chorava e o coração dela batia bem forte, Justin me soltou e a minha tia entrou comigo no meu quarto e eu me joguei na cama e ela sentou com a suas costas encostada na parede e me puxou pro seu colo, foi ai que comecei a chorar mais-

Eu: Foi horrível tia, todas as vezes que lembro do que fiz, do que aconteceu comigo... me sinto tão mal.

Marcela: O importante é que passou criança, tudo vai ficar bem... daqui pra frente nós vamos tomar cuidado, Justin e o Niall ligaram pra polícia e o Róger está vindo pra cá, enquanto uma viatura está indo pra casa do Carter.

Eu: Ele deveria, morrer. Aquele demônio.

Marcela: Não pense assim. -suspirei- Acho que você precisa de um hospital.

Eu: Não tia, eu estou bem, só estou com alguns arranhões e machucados como se estivesse caído, daqui uns dias cicatriza.

Marcela: Então fecha os olhos, fecha os olhos e durma até quando você quiser. -sorri fraco e me aconcheguei no colo dela e fiquei em uma posição que não me machucasse.-

Dia seguinte.

        Acordei com um barulho irritante, abri meus olhos devagar e encontrei com o Justin mexendo nas minhas coisas e as arrumando, sentei na cama e cocei meus olhos devagar, gemi de dor por o meu corpo estar dolorido, tirei o cobertor de cima de mim, e boa parte das minhas pernas e dos meus braços estavam roxos, olhei para o relógio e eram 14:50. Justin notou minha presença agora acordada, então me encarou ríspido e puxou outra mala jogando boa parte da minha roupa lá, quer dizer, toda a minha roupa. A porta se arrastou e a minha tia apareceu na porta e ela me olhou rapidamente e logo virou pra Justin que a encarava.

Marcela: Consegui todas, mas não acho uma boa ideia, o seu pai nem ligou dizendo que poderiam.

Eu: O quê? -perguntei confusa e curiosa no assunto-

Justin: Meu pai não tem que mandar nisso tia, ela tá pouco se importando pra nós, não somos mais problema dele.

Marcela: Justin querido, pense bem no que vai fazer.

Justin: Droga tia, você não ouviu o que aquela garota disse? ELA MATOU O GAROTO. Ela não pode ficar aqui, tá entendendo aonde a situação tá chegando? Eu preciso levar ela pra Inglaterra agora.

Eu: JUSTIN. -gritei e ele veio andando até a mim e sentou na cama- O que aconteceu?

Justin: Você deu golpes fortes demais no Carter, ele teve um derrame cerebral.

Eu: E...?

Justin: Morreu. -arregalei meus olhos e ele apenas levantou e voltou a colocar as roupas na minha mala- Nós vamos-embora. Você vai com o Zayn e com o filho da Jasmine, ela vai com o Niall e eu vou sozinho pelo aeroporto do sul.

Marcela: Ela tá muito machucada Justin.

Eu: Mas porque eu tenho que ir?

Justin: Vão prender você, vão levar você pro conselho tutelar, fundação casa, seja lá como quer chamar.

Eu: FOI EM LEGITIMA DEFESA. -gritei-

Justin: NÓS SOMOS POBRES, ELES SÃO RICOS... ESTAMOS NO BRASIL, QUEM VAI SER PUNIDO? -ele gritava enquanto me encarava e mexia os braços em forma de explicação-

Eu: Eu! -falei baixo e o Justin concordou e então fechou a mala-

Justin: Vamos! Levante, tome um banho, coloque uma roupa confortável, Jasmine e Niall já vão, a gente se encontra na casa do Harry em Holmes Chapel. Não esquece, Liam estará no aeroporto esperando vocês, e se certificando de que nossos pais não saberão disso.

Eu: Tô com medo.

Justin: Não se preocupe, Zayn estará com você. Não tem nada pra dar errado.

Eu: Mas e a Rachel?

Justin: PARA DE QUERER SABER DAS PESSOAS, ELAS NÃO SE IMPORTAM COM VOCÊ, AGORA VAI. -ele gritou e eu levantei indo em direção ao banheiro-

Eu: Justin... e o Jai? -me virei da porta do banheiro-

Jai: O Jai já foi embora SeuNome, ele disse que tinha que ir, e que não ia se despedir, porque ele gosta muito de você, e dar tchau para alguém que ele gosta tanto é como se ele nunca mais fosse te ver, então ele prefere ficar assim porque espera um dia ainda encontrar você.

Eu: Não entendo, ele poderia me dizer um tchau.

Justin: Jai não acredita nessas coisas, ele preferiu assim.

Eu: Tá bom. -falei triste e entrei dentro do banheiro-

Marcela: Vou separar uma roupa pra você.

[…]

        Sai do banheiro com o corpo relaxado, enrolada na toalha e com a cabeça doendo assim como algumas partes do meu corpo, não sei se estava preparada para ficar 24 horas ou mais dentro de um avião ao lado do Zayn, não que eu não goste dele, eu gosto e muito. Mas estou tão confusa, cansada, estranha, carregando milhares de ideias na minha cabeça, não dá pra simplesmente esquecer tudo que aconteceu, eu me sentia como se não tivesse fim, mas olhe só, só tenho 16 anos, esse é apenas o começo, o que pode acontecer daqui pra frente? Coisas piores podem acontecer, e eu sou apenas uma criança, uma criança que cresceu como nenhuma outra criança crescerá, ou passará por o que eu passei, tudo isso é tão estranho, me sinto em um mundo aonde as coisas só querem dar errado.

-Hey SeuNome, venha... se vista. -Minha tia chamou minha atenção, foi quando percebi que estava na porta do banheiro olhando pro chão pensativa, olhei pelo meu quarto e não tinha mais nada ali, minhas coisas não estavam, o guarda-roupa estava aberta e não tinha nada mais ali, era como se fosse a primeira vez que eu entrasse ali, os móveis estavam vazio, eu só demorei uma hora no banheiro e já fizeram tudo isso? Meu suspiro foi muito alto e a minha tia percebeu, andei devagar até a minha cama que não tinha mais nada além de só um colchão e um apoio de madeira escura para ela.-

Eu: Eu preciso mesmo ir?

Marcela: Todos já foram!

Eu: Quê? Mas o Niall...

Niall: Eu não fui ainda. -ele entrou no quarto sorrindo e a minha tia levantou-

Marcela: Sua roupa tá ai SeuNome, se vista, estou esperando lá embaixo com o Zayn e a Jas... -assenti-

Niall: Achou mesmo que eu ia embora e a gente ia ficar sem se falar.

Eu: Isso vai acontecer, você só veio se despedir. -abaixei a cabeça-

Niall: Não pensa assim, quando chegarmos na Inglaterra, vamos pra Holmes Chapel, e vamos ficar todos os dias juntos até o resto das nossas vidas.

Eu: Tem certeza? -o encarei-

Niall: Claro que tenho, sempre tive. -ficamos em silêncio- Você está nua?

Eu: Sim. -ri pelo nariz-

Niall: WO! Eu preciso então te deixar trocar.

Eu: Trocar de quer? -ele riu-

Niall: Melhor, vestir.

Eu: Ah! Agora sim. -sorri fraco-

Niall: É bom ver que você ainda sorri, com tudo que passou. Olha SeuNome, sei que foram horas difíceis, mas vai melhorar. Eu prometi que ia cuidar de você, e que tudo ia ficar bem, não prometi? -assenti com a cabeça- Então, tudo vai ficar bem, eu prometo. -senti os braços quentes do Niall em volta de mim e então suspirei calma, ainda tentando segurar a toalha-

Eu: É. Não, consigo te abraçar. -disse calma-

Niall: Eu sei, não precisa, sentir seu cheiro, sua presença... é o que importa.

Eu: Você é muito fofo. -me afastei e o olhei, suas bochechas já estavam ficando vermelhas-

Niall: Nos vemos na Inglaterra. -ele sorriu fraco e eu o retribui, vi Niall saindo pela porta e então abaixei a cabeça encarando meus pés, eu então afastava as pessoas de mim, essa talvez seria a resposta para todos os meus problemas até hoje-  

Continua

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YAY!
Como você está? Vim postar mais um capítulo, e amanhã de manhã eu posto outro. Porque eu consegui fazer o final, e já estão todos os capítulos em rascunhos, agora só falta ir postando conforme dá tempo né. acaba no quarenta e seis, amanhã eu posto dois, ou três. Vamo que vamo acabar com essa fic. Eu enrolei pra fazer o final, e vou falar ficou Ó UMA BOSTA. mas eu não vou alterar o final e vou deixar do jeito que está, queiram vocês ou não. Enfim, é só isso. Espero que gostem, até mais veeeeeeeeer.